segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Vou votar nobre!

- Nas presidenciais vou votar nobre!
- Em Ferando Nobre?
- Sim, ou então em Manuel Alegre.

Ouvido no metro.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

E Castelo Branco?...

Castelo Branco não consta no mapa da ASAE? Fiquei siderada nessa cidade: todos os cafés, por mais minúsculos que fossem, estavam inundados de fumo. Num deles estava entretida a ler um jornal e de repente percebi que estava envolta numa nuvem de fumo - graças a um senhor que estava sentado numa mesa atrás de mim. Desapareci dali em dois tempos. Parecia um regresso à vida pré-socrática.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

La fille coupée en deux

Gabrielle Deneige (interpretada por Ludivine Sagnier) é a rapariga cortada em dois - o filme começa leve, revela a deambulação dos apaixonados de Gabrielle, e depois começa a criar espessura, sentem-se as consequências da imprudência, impreparação sentimental, e o final é brutal, surge a nu uma solidão pesada feita da incompreensão de quem deveria ser muito próximo, sensível e solidário. Um bom serão ontem na Cinemateca para ver o penúltimo filme de Claude Chabrel (1930-2o10).

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Um pouco de política...

Já não via o Prof. Marcelo há muito tempo e ontem calhou. Fiquei a pensar no professor e em como aquelas sessões são preparadas ao pormenor. Ele vai a todas - as empresas, as escolas, o Estado, os impostos, os governantes, a casa pia, os desempregados. Com uma clareza sibilina, demagogia qb, sem papas na língua para expressar o sentir do povo. Ao serão cristalizei em dois pensamentos que em parte resultam de conversas que tenho tido:
a) Manuel Alegre foi o voto de descontentamento em 2006, contra o serôdio Soares e o árido e desinteressante Cavaco Silva. Fernando Nobre é o voto de descontentamento em 2011, contra uma esquerda estúpida e contra Cavaco que termina a actividade;
b) Sócrates só perderá as eleições legislativas quando o povo perceber que precisa de um grande partido de orientação socialista e que isso apenas acontecerá quando o PS for desalojado do governo.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

"A vergonha tornou-se um luxo...

...inconcebível", mais uma frase do meu amigo Q.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Mãe Fátima


Passei pela FNAC Chiado e estava a ser apresentado um documentário de Christine Reeh, À Espera da Europa. Vi um bocadinho - apanhei com o cretino de um bar que se babava com a empregada do Leste da Europa, ao mesmo tempo que nada fazia para lhe arranjar um contrato de trabalho. Não aproveitei a exibição mas lembrei-me doutro trabalho de Christine Reeh: Mãe Fátima. Este documentário conta a missão humanitária de uma enfermeira angolana que parte para Menongue, no Sul de Angola, para apoiar o hospital local. O filme passou no Cinema São Jorge, em Lisboa, durante a 4ª Mostra do Documentário Português. É um documentário muito bonito.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Marlene Dumas sempre!

Porto sempre! Dei um salto ao Porto e maravilhei-me com a exposição "Contra o Muro" da sul-africana Marlene Dumas. Marlene refere-se ao muro da Palestina e na exposição há uma reflexão sobre a separação, centrada na representação da morte. Palestinianos mortos aparecem numa série de quadros com um olhar vivo - e a contradição da coisa impressiona. Gostei muito de dois quadros, colocados lado a lado, "Uvas da abundância" e "Uvas da ira". No primeiro um prato tem um cacho grande de uvas pretas. No outro o cacho tem escassas uvas. O que me impressionou mais foram os pratos onde repousam as uvas - na abundância o prato é preto; na escassez é branco. Como se a fartura fosse apenas fartura de uma pequena minoria e portanto as uvas aparecem no prato preto da fome. E a escassez aparece no prato branco de uma paz podre - que esconde talvez uma explosão iminente. O quadro que reproduzo brilha no esplendor do espaço de Serralves - pode ser visto a uns 20 ou mais metros de distância, e as pessoas que circulam na sua frente parecem também pertencer ao quadro. Um emplacement realmente excepcional. Nada é descurado em Serralves, o que dá às vezes um calafrio relampejante...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Brutal...

Ontem fui ao El Corte Inglés ver Eu sou o amor (Io sono l'amore). Fiquei paralisada. Chateei-me um bocado com a realização, também a música era desagradavelmente exagerada - carregando sobre as cenas altamente emotivas. Mas o resto... Que história!

Há uns anos vi um filme argentino (ou mexicano, ou sei lá de onde) em que um tipo se considerava traído pela mulher que tinha desatado a engordar depois do casamento. E o que dizer de uma mulher que deixa de ser amada na dimensão que ela precisa? E que se vai encontrar perante um precipício quando o seu coração é despertado?...

Estava intrigada com o nome do filme, mas depois de o ver acho que percebi.

sábado, 5 de junho de 2010

Necessidade de comunicação

Entrei no eléctrico e reparei na guarda-freio. Falava com um tipo. Era nova, bonita, e o tipo era bem mais velho. Que a vida hoje é muito cara, os salários são baixos, e é preciso cabeça. Os preços são um exagero. Um pão com manteiga custa quase dois euros. Ora uma carcaça fica pelos vinte cêntimos e um pacote de manteiga dura nas nossas casas quase um mês - parece que eles querem ganhar o dinheiro todo hoje, não percebem que um negócio dura a vida toda. Ele mal abria a boca. Falou na tentação do cartão de crédito e ela elaborou uma verdadeira dissertação. Que há muita gente a pagar com o cartão, que não pode ir de férias para conseguir pagar a dívida acumulada. E sem férias a cabeça não descansa. E as pessoas não sabem dizer que não aos filhos. Com ela não é assim. A filha já sabe. Ela e o marido educam-na para que perceba as dificuldades. Mais importante que o dinheiro é a educação. E a gente no trabalho percebe quais são as pessoas que são educadas... Quando ele se despede ela deseja-lhe uma boa tarde. Percebe-se que está reconhecida pela conversa. E a vida continua.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Uma escapadinha...

... parisiense sabe sempre bem.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Cartão de crédito

Estive uns 2 ou 3 anos sem cartão de crédito. Como tenciono dar um salto a França resolvi obter um cartão novo. Assim sempre evito ficar pendurada, se porventura o meu cartão multibanco for engolido por alguma máquina selvagem. Fui ao banco, sentaram-me numa cadeira e deram-me um tratamento personalizado. Primeiro sugeriram-me o cartão classic, com uma anualidade de €25. Reclamei e sugeriram-me o cartão ímpar a €15. Voltei a contestar, pedi para me indicarem todos os cartões disponíveis e a funcionária passou-me 3 folhas. O cartão de crédito das farmácias portuguesas (!) a €3 pareceu-me uma boa escolha. Dá acesso à Mastercard, permite pagamentos internacionais e o money advance. Pensava na rede VISA, mas suponho que a Mastercard é semelhante. Como é um cartão das farmácias espero que me traga boa saúde.