sábado, 14 de março de 2009

A suave fronteira...


... entre o genial e o ridículo é bem ilustrada pela exposição (ou "exposição") que corre em Paris no Centro Geoges Pompidou. O nada é obra-prima? Nove salas vazias, que o visitante percorre contemplando as paredes nuas, talvez permitam uma resposta a essa pergunta. "Ao final de um corredor povoado por quadros de Bastiat, Jasper Johns, Anton Tapiés e Willem de Kooning, nove salas completamente vazias interrompem bruscamente a história da arte contemporânea, para evocar um capítulo propositadamente deixado em branco, até hoje ignorado pela maioria dos museus." Obras invisíveis mas pretensamente existentes, de autores como Yves Klein e Roman Ondák "povoam" as salas - com excepção da última sala, que omite qualquer referência. Um visitante, Maxime, de 58 anos, afirma que "paguei dez euros para ver esta exposição e não sei sinceramente se se trata de arte ou de uma fraude", e depois acrescentará "afinal, se não fosse o vazio não estaríamos aqui a conversar sobre arte"...

domingo, 8 de março de 2009